Desde a década de 40 do século XX, inseticidas do grupo dos organoclorados, principalmente o DDT, são utilizados nas lavouras devido à sua alta eficiência contra diversos insetos. Entretanto, se absorvido pela pele ou se contaminar os alimentos, o DDT pode causar doenças do fígado, como a cirrose e o câncer, tanto em animais quanto em humanos. Devido aos problemas que causa, o uso do DDT está proibido em diversos países.
AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia das populações, v. 3, e. 2.
São Paulo: Moderna, 2010, p. 399.
A magnificação trófica é uma das principais consequências da intensa utilização do DDT no ambiente.
Com base nessa informação e nos conhecimentos sobre ecologia, é correto afirmar:
Por acumularem uma maior biomassa, se comparadas a todos os outros níveis representados, o nível trófico das águias deverá acumular uma maior quantidade de DDT em seus componentes orgânicos.
Os produtores, como o fitoplâncton, são os principais prejudicados pela contaminação por DDT devido ao efeito bioacumulador produzido por esse tipo de praguicida.
O extrato horizontal mais largo da base da cadeia ilustra o efeito nefasto de biomagnificação para esse tipo de contaminante.
Os efeitos danosos associados à magnificação trófica são exclusivos nos organismos componentes das cadeias alimentares de ambiente aquático.
Ao longo de uma cadeia alimentar, quanto menor a quantidade de energia disponível para cada nível trófico, maior a concentração esperada do DDT como contaminante bioacumulador.
A figura mostra que a concentração de DDT aumenta gradativamente da água para os níveis tróficos superiores:
Esse padrão caracteriza bioacumulação (a substância se acumula nos tecidos) e biomagnificação trófica (o aumento progressivo da concentração ao longo dos níveis tróficos). A biomagnificação ocorre porque:
Portanto, quanto menor a energia disponível (isto é, quanto mais alto o nível trófico), maior será, em geral, a concentração do contaminante. Essa descrição corresponde exatamente à alternativa E.