Desde a Carta de Caminha, escrita em 1500, até os dias de hoje, surgiram no Brasil grandes nomes da poesia, da prosa e da dramaturgia. A respeito da produção literária brasileira é correto afirmar que
José de Alencar é o autor que escreve os mais densos romances românticos, ao problematizar tanto as questões sociais em obras como Iracema e O gaúcho, quanto os dramas individuais em Senhora e Lucíola. A versatilidade e a abordagem séria e comprometida com as questões de seu tempo distinguem-no como o grande nome do século XIX.
na literatura do século XVII, os sermões do padre Antônio Vieira e a prosa dicotômica de Gregório de Matos Guerra denotam uma curiosa mistura de ideias avançadas a respeito dos rumos da sociedade. À visão teocêntrica, é acrescida de uma visão crítico-analítica que destoa do contexto de produção.
a literatura épica do Arcadismo conversa com a poesia indianista do Romantismo, na medida em que as produções colocam a figura indígena em destaque. A diferença essencial é que a figura indígena árcade era idealizada, como se observa nos seguintes versos de Santa Rita Durão: “Paraguaçu gentil (tal nome teve), [...] / De cor tão alva como a branca neve, / e donde não é neve, era de rosa.”
o Realismo e o Naturalismo surgem de um mesmo contexto e, embora tenham elementos em comum, geraram produções distintas. Aquele, calcado em análise psicológica, desmascaramento dos valores sociais e exposição da dicotomia aparência versus essência, e este voltado à denúncia das patologias e mazelas humanas, em especial na ambientação coletiva.
a produção pós-moderna abarca obras de autores do quilate de João Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Jorge Amado e Erico Verissimo, na prosa, e nomes como Paulo Leminski, Ana Cristina César, Lygia Fagundes Telles e Dalton Trevisan, na poesia. A dramaturgia tem farta produção nessa época e peças como Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues e Eles não usam black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri, são emblemáticas para a cultura do País.