Depois que Roma expulsou os reis, ficou ao abrigo dos perigos que germinavam em seu seio, e que a ameaçariam se um príncipe fraco ou viciado subisse ao trono. A autoridade suprema passou, de fato, para as mãos dos cônsules, que não a recebiam por herança, pela intriga ou pela violência, mas pelo livre sufrágio dos cidadãos. Eram os homens de maior virtude: sua virtude – e algumas vezes também sua boa sorte – esteve sempre a serviço de Roma. Para chegar aos limites extremos da glória, a cidade não precisou de mais tempo do que aquele em que viveu sob a monarquia.
(Machiavelli, Niccolò – Comentários sobre a Primeira Década de Tito Lívio/ Tradução de Sérgio Bath – Brasília : Editora Universidade de Brasília, 2000, 4ª ed. - p.81)
A partir da leitura atenta do texto, assinale a alternativa que expressa o sentimento do autor sobre o momento histórico retratado.
Maquiavel, por se tratar de um dos defensores do poder absolutista, faz, neste texto, veemente crítica ao golpe republicano que derrubou a Monarquia Romana.
Nicolau Maquiavel sempre foi adepto da Monarquia como forma mais bem-sucedida de governo.
Maquiavel expressa, neste texto, um apreço pelo sistema republicano, tendo Roma como seu grande exemplo.
Maquiavel deixa claro nesta, como em outras de suas obras, seu desprezo pela participação popular nas decisões políticas.