Depois da abolição os libertos foram esquecidos. [...] O governo republicano que tomou o poder em 1889 excluiu os analfabetos do direito de voto, eliminando a maioria dos ex-escravos do eleitorado. Poucos foram os abolicionistas que, como o engenheiro negro André Rebouças, continuaram a afirmar que a tarefa deles ainda estava incompleta. Com esse fim em vista, Rebouças propôs uma reforma agrária que poria fim ao latifúndio [...]. A proposta encontrou e encontra, até hoje, feroz oposição dos grandes proprietários de terra.
(Emília Viotti da Costa. A abolição, 2008.)
O excerto refere-se às razões históricas de exclusão social de setores substanciais da população brasileira, que se estende, de certa forma, até os diais atuais. De acordo com a autora, os motivos essenciais da exclusão foram
a dedicação das camadas populares à cultura do samba e do futebol e a rápida urbanização do país.
de ordem política e econômica, pois sustentada pela democratização incompleta e pela marginalidade econômica.
forte aparato policial de repressão do povo brasileiro e a ausência de liberdade de imprensa.
de natureza ideológica, considerando que os ex-escravos julgavam-se incapazes para o trabalho industrial.
a ampla consciência política do povo brasileiro e o fim do coronelismo no campo.