ENEM 2020

DECRETO N. 28 314, DE 28 DE SETEMBRO DE 2007
Demite o Gerúndio do Distrito Federal e dá outras providências.


   O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere O artigo 100, incisos VII e XXVI, da Lei Orgânica do Distrito Federal, DECRETA:
Art. 1° Fica demitido o Gerúndio de todos os órgãos do Governo do Distrito Federal.
Art. 2° Fica proibido, a partir desta data, o uso do gerúndio para desculpa de INEFICIÊNCIA.
Art. 3° Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4° Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 28 de setembro de 2007.
119° da República e 48° de Brasília

Disponivel em: www dodf gov.br. ACESSO Mm. 11 dez. 2017.

 

Esse decreto pauta-se na ideia de que o uso do gerúndio, como “desculpa de ineficiência”, indica

a

conclusão de uma ação.

b

realização de um evento.

c

repetição de uma prática.

d

continuidade de um processo.

e

transferência de responsabilidade.

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Resposta
D
Tempo médio
1 min

Resolução

Análise da Questão:

A questão apresenta um decreto fictício e humorístico que "demite" o gerúndio do Governo do Distrito Federal. O ponto central está no Artigo 2º, que proíbe o uso do gerúndio "para desculpa de INEFICIÊNCIA". Precisamos entender qual característica do gerúndio justifica essa associação com a ineficiência no contexto do decreto.

Passo a Passo da Solução:

  1. Interpretação do Decreto: O texto usa o humor para criticar um uso específico do gerúndio. A chave é a frase "desculpa de INEFICIÊNCIA". Isso sugere que usar o gerúndio, em certas situações, serve para mascarar a falta de resultados ou a lentidão em realizar algo.
  2. Função Gramatical do Gerúndio: O gerúndio (verbos terminados em -ndo, como "fazendo", "resolvendo", "analisando") expressa uma ação em andamento, um processo que está ocorrendo e ainda não foi finalizado.
  3. Conexão entre Gerúndio e Ineficiência: A crítica implícita no decreto refere-se ao uso do gerúndio para indicar que algo está "sendo feito" (ex: "estamos analisando seu pedido") sem dar uma previsão de conclusão. Isso pode passar a impressão de que a ação se prolonga indefinidamente, ou seja, uma ação contínua que não chega a um fim, o que pode ser interpretado como ineficiência. A pessoa ou órgão parece estar ocupado fazendo algo, mas sem nunca terminar.
  4. Análise das Alternativas:
    • A (conclusão de uma ação): Incorreto. O gerúndio indica o oposto da conclusão, ou seja, uma ação em curso.
    • B (realização de um evento): Incorreto. "Realização" pode implicar conclusão, o que não é a ideia principal do gerúndio. Além disso, o foco é no *processo* e não no evento em si.
    • C (repetição de uma prática): Incorreto. Embora uma ação contínua possa envolver repetição, a característica central do gerúndio é a continuidade e a não finalização, não a repetição.
    • D (continuidade de um processo): Correto. Esta opção descreve perfeitamente a função aspectual do gerúndio (indicar uma ação em andamento). No contexto da "desculpa de ineficiência", enfatizar a continuidade do processo ("estamos fazendo") sem indicar um fim é o que mascara a falta de resultados concretos.
    • E (transferência de responsabilidade): Incorreto. O uso do gerúndio em si não transfere responsabilidade. A crítica do decreto é sobre a *qualidade* da ação (interminável, ineficiente), não sobre quem é o responsável.
  5. Conclusão: O decreto critica o uso do gerúndio como desculpa para ineficiência porque essa forma verbal enfatiza a continuidade de um processo, muitas vezes sem perspectiva de conclusão, o que mascara a falta de resultados efetivos.

Dicas

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Qual é a principal ideia transmitida por um verbo no gerúndio (terminação -ndo)?
Pense em frases como "Estamos resolvendo seu problema". Por que alguém usaria essa frase em vez de "Vamos resolver" ou "Resolvemos"? O que a primeira frase enfatiza?
Como a ideia de uma ação que está sempre "em andamento" pode ser vista como uma forma de ineficiência?

Erros Comuns

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Interpretar o decreto literalmente, sem perceber o humor e a crítica.
Confundir a função gramatical geral do gerúndio com o uso específico criticado ("gerundismo").
Associar "ineficiência" a ideias como "repetição" ou "transferência de responsabilidade" sem conectar diretamente à função do gerúndio.
Escolher a alternativa A ("conclusão") por pensar erroneamente que a crítica é sobre *não* usar o gerúndio para concluir.
Não compreender que a crítica se refere à ideia de processo interminável que o gerúndio pode sugerir nesse contexto.
Revisão

Revisão de Conceitos:

  • Gerúndio: É uma forma nominal do verbo, terminada em "-ndo" em português (ex: falando, comendo, partindo). Indica uma ação em andamento, um processo que está ocorrendo ou que é simultâneo a outra ação. Ex: "Ele saiu correndo." (ação em andamento); "Estudando, aprendemos." (ação simultânea).
  • Aspecto Verbal: O gerúndio expressa o aspecto verbal durativo ou cursivo, focando na duração ou no desenvolvimento da ação, e não em seu início ou fim.
  • "Gerundismo": Termo pejorativo usado para criticar o uso considerado excessivo ou inadequado de locuções verbais com o verbo auxiliar "estar" + gerúndio (ex: "vamos estar verificando", "vou estar transferindo"), especialmente em contextos formais ou de atendimento. Essa construção é frequentemente vista como prolixa, vaga ou evasiva, pois pode sugerir uma ação futura ou contínua sem um compromisso claro de conclusão, sendo associada à ineficiência ou descaso, como satirizado no decreto.
21%
Taxa de acerto
11.6
Média de pontos TRI
Habilidade

Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.

Porcentagem de alternativa escolhida por nota TRI
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