O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 3 a 4.
Ninguém precisa dizer que a higiene na Idade Média era abismal comparada com hoje. As ruas das cidades eram tomadas por lixo, esterco de cavalo, urina. Fezes humanas serviam de esterco, e esse esterco levava à reprodução de parasitas. Um método arqueológico recente é estudar latrinas medievais e tirar conclusões a partir dos resíduos de vermes intestinais. O corpo exumado do rei Ricardo 3º (1452-1485), da Inglaterra, por exemplo, rendeu uma quantidade prodigiosa de ovos de lombriga. Peste e parasitas não eram tratados com reza brava. A medicina medieval era uma herança greco-romana, de Hipócrates (460-370 a.C.) e Galeno (129-216), com inovações pelo árabe Avicena (980-1037) e outros. A ideia é que doenças não são causadas por coisas sobrenaturais, mas físicas. Não era nem de longe ciência: astrologia era considerada "física" e médicos faziam mapa astral antes de executar sangrias ou cirurgias. Quando a medicina encontrava seu limite, doenças acabavam indo parar no domínio da religião e superstição. A Grande Peste foi vista tanto como praga divina quanto bruxaria. Por essa época, a Igreja tratava imundície como um sinal de sacrifício, sendo que monges, dependendo da ordem, tomavam banho duas vezes por ano.
Disponível em: https://super.abril.com.br/historia/medieval-mas-limpinho/ (modificado).
Como eram os hábitos de higiene na Idade Média. Por Fábio Marton. Atualizado em 22 mar 2022. Disponível em: https://super.abril.com.br/historia/medieval-mas-limpinho/ (modificado).
De acordo com o texto, como eram os hábitos de higiene individuais e coletivos da era medieval quando comparados à hoje? Marque a alternativa CORRETA.
Os hábitos de higiene coletivo melhoraram com o passar dos anos, principalmente aqueles relacionados à área médica, entretanto, os hábitos individuais perpetuaram-se sem modificação.
Os hábitos de higiene individuais progrediram significativamente, ao passo que os coletivos regrediram catastroficamente.
Os hábitos de higiene individuais e coletivos evoluíram tal como os conhecimentos científicos, que atualmente associam esses hábitos às doenças.
Não existe nenhuma diferença nos hábitos de higiene individuais e coletivos, portanto mantendo-se os hábitos utilizados desde sempre.