De acordo com o historiador Daniel Aarão Reis:
“Tornou-se um lugar comum chamar o regime político existente entre 1964 e 1979 de ‘ditadura militar’. Trata-se de um exercício de memória, que se mantém graças a diferentes interesses, a hábitos adquiridos e à preguiça intelectual. O problema é que esta memória não contribui para a compreensão da história recente do país e da ditadura em particular.
É inútil esconder a participação de amplos segmentos da população no golpe que instaurou a ditadura, em 1964. É como tapar o sol coem a peneira.”
Fonte: ARAÃO REIS, Daniel. A ditadura civil-militar. O Globo, 31/03/2012.
Neste ano de 2015 completou-se 51 anos da instauração de uma ditadura civil-militar no Brasil. O autor desse texto chama atenção para alguns aspectos relativos à participação da sociedade civil na instauração do golpe de 1964.
Sobre a ditadura civil-militar brasileira, é correto afirmar que:
Setores importantes do empresariado brasileiro prestaram apoio a João Goulart e suas “reformas de base”.
A ditadura civil-militar brasileira criou um clima de estabilidade política e ordem social, por isso, não houve movimentos de resistência ao regime.
A ditadura implantada em 1964, promoveu uma conciliação entre os diversos grupos políticos brasileiros, tais como: comunistas, trabalhistas, conservadores entre outros.
O golpe de 1964 foi apoiado por setores da sociedade civil que se mobilizaram contra o governo de João Goulart, exemplo clássico deste apoio são as “Marchas da Família com Deus pela Liberdade”.