De acordo com a pesquisadora Anita Simis, o cinema deixou de ser entretenimento de massa e se tornou entretenimento de um segmento social com poder aquisitivo para pagar o bilhete de entrada acrescido do custo do consumo ao redor, desde os alimentos oferecidos pela própria sala até os produtos expostos nas vitrines das lojas dos shopping centers. “Descartou-se a exploração comercial em profundidade, com a exibição primeiro nas salas de cinema das metrópoles do Primeiro Mundo; depois, no centro das grandes cidades dos países periféricos; e, por último, nos bairros e cidades do interior. E passamos a ter a exploração em extensão, com a exibição em um grande número de salas simultaneamente e uma acirrada publicidade, que dificulta a inserção do filme local, cujo marketing se resume, muitas vezes, ao boca a boca”, discorreu a pesquisadora.
(http://agencia.fapesp.br, 2016. Adaptado.)
A produção, a distribuição e a exibição dos filmes nos cinemas adquiriu uma condição global, em função
da expansão do capitalismo industrial, que possibilitou o desenvolvimento do cinema.
da ampliação do capitalismo comercial, que garantiu à população mundial o livre acesso aos cinemas.
da dinamização do capitalismo bancário, que permitiu às empresas de cinema financiarem suas produções junto aos governos nacionais.
do avanço do capitalismo financeiro e informacional, que possibilitou o reordenamento territorial no setor cinematográfico.
do incentivo do capitalismo tecnológico-digital, que produziu equipamentos sofisticados, limitando o cinema a uma atividade doméstica.