De 1840 a 1889, em todos os aspectos do cotidiano brasileiro procurou-se imprimir a marca europeia. No café da manhã, por exemplo, o pão “francês” substitui a mandioca cozida, enquanto no almoço a cerveja começa a ser registrada e, na sobremesa, os sorvetes disputam, palmo a palmo, com os centenários doces, cujas receitas foram transmitidas de geração a geração nas fazendas açucareiras coloniais. (...) expressões tradicionais, portuguesas ou resultados da influência africana, como dona, sinhá ou iaiá dão lugar a denominações afrancesadas, como “mademoiselle” ou, mais popularmente, “madame”.
Fonte: DEL PRIORE, Mary; VENÂNCIO, Renata. Uma breve História do Brasil. Editora Planeta do Brasil, 2010.
A situação retratada é resultado da:
valorização das tradições dos povos formadores do Brasil.
incorporação dos elementos portugueses durante o Brasil Colônia.
celebração do nacionalismo tupiniquim, com “pitadas” francesas.
substituição completa de tudo aquilo proveniente da cultura indígena e afro.
sobreposição do modelo civilizador ocidental burguês.