“De 1819 até 1890, São Gonçalo esteve diretamente ligada a Niterói, representando 65% do território deste. Assim sendo, os proprietários das terras gonçalenses faziam-se representar na Câmara Municipal de Niterói. (...) Em termos populacionais, temos os seguintes dados: em 1821, havia 64% de escravos contra 36,2% de livres; em 1840, 58% da população era de escravos que trabalhavam em sua maior parte na lavoura. Dezoito anos mais tarde, este número foi reduzido em 3%, caindo para 55%, e, em 1872, despenca para 32%.”
(Extraído de: http://www.unirio.br/cch/escoladehistoria/pos-graduacao/ppgh/dissertacao_raiane-oliveira. p. 23)
O fragmento de texto fala da importância de São Gonçalo junto à cidade de Niterói, bem como da evolução de sua população de escravos e livres em boa parte do século XIX. Baseando-se nos dados demográficos citados acima, pode-se afirmar que:
o predomínio do trabalho escravo na primeira metade do século em São Gonçalo esteve relacionado às atividades econômicas do café e do açúcar
o declínio da população escrava, já a partir de 1840, relaciona-se ao fim do tráfico internacional de escravos, fruto das pressões inglesas
enquanto o predomínio do trabalho escravo, até meados do século, esteve ligado às atividades agrícolas, seu declínio era reflexo da imigração
o predomínio do trabalho escravo na região relacionava-se apenas à economia açucareira, não refletindo a introdução da cafeicultura