Da hora em que você acorda até o momento de voltar para a cama, seu cotidiano se compõe de uma série de atitudes e comportamentos que parecem naturais. Porém, não é bem assim. Muito do seu jeito de ser e agir no dia a dia é resultado de uma série de aprendizados que moldaram a evolução humana desde que nosso primeiro antepassado resolveu descer da segurança de uma árvore e se arriscar na savana africana. Muito do que somos foi delineado pelas ideias e esforços de outros homens e mulheres ao longo da História.
Em 21 de outubro de 1833, nascia em Estocolmo, na Suécia, um Alfred que legaria seu sobrenome à ciência. Responsável por 350 patentes em diferentes países, o químico, inventor e empreendedor instituiu em seu testamento o Prêmio Nobel, que reconhece anualmente as contribuições de grandes homens e mulheres em diversos campos do conhecimento.
O que motivou esse fabricante de munições, e inventor da dinamite, a dedicar sua fortuna a homenagear e recompensar aqueles que beneficiaram a humanidade?
A criação dos Prêmios Nobel ocorreu por um acaso. Em 1888, a morte de um de seus irmãos, Ludvig, na França, acarretou a publicação de um longo obituário de Alfred Nobel, por engano, acreditando que fora ele a falecer. Assim, Alfred teve uma oportunidade concedida a poucas pessoas: ler seu próprio obituário ainda em vida. Aquilo que ele leu o horrorizou: o jornal o descreveu como “um homem que tornara possível matar mais pessoas, mais rapidamente, que qualquer outro que jamais tinha vivido”. Naquele momento, Nobel percebeu duas coisas: que ele seria lembrado daquela maneira, e que não era assim que ele desejava ser lembrado.
Alfred Nobel faleceu oito anos depois, em 10 de dezembro de 1896, em San Remo, na Itália. No ano de sua morte, ele possuía 90 fábricas e uma imensa fortuna. Solitário, não confidenciou a ninguém sobre o que iria fazer com o seu patrimônio. O testamento, finalizado um ano antes de sua morte, declarava que grande parte da sua riqueza deveria ser destinada à premiação, que reconheceria as maiores contribuições à humanidade – inclusive em prol da paz – e se transformaria em sinônimo de prestígio e objeto de desejo das grandes mentes do Planeta.
Disponível em: <http://noticias.terra.com.br/ciencia/alfred-nobel-ha-180-anos-nascia-o-inventor-da-dinamite-e-de-premio-dapaz,e538d46207cc1410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html>. Acesso em: 24 nov. 14. (Adaptado.)
Considerando que as informações inerentes às datas, aos nomes dos agraciados e aos Prêmios concedidos são verdadeiros, assinale a alternativa cuja relação entre Prêmio e informação esteja correta.
Francis Crick, James Watson e Maurice Wilkins, em 1962, receberam o Prêmio Nobel de Medicina pela descoberta da estrutura do DNA, que é composta por 3 bases nitrogenadas: uracila; guanina; e adenina.
O escritor português José Saramago, em 1998, recebeu o Prêmio Nobel de Literatura, primeiro concedido a um autor de língua portuguesa. Em função das diferenças existentes entre o português falado no Brasil e o em Portugal, a última reforma ortográfica que aconteceu, em 2009, teve como propósito unificar a linguagem oral entre os países lusófonos.
A paquistanesa Malala Yousafzai, em outubro de 2014, foi laureada com o Prêmio Nobel da Paz pela luta contra a discriminação de crianças e jovens pelo direito ao estudo. Os discursos de Malala influenciaram, no Brasil, os movimentos populares de julho de 2013 para garantir, constitucionalmente, o acesso à educação a todas as crianças brasileiras.
Frederick Sanger, em 1958, recebeu o Prêmio Nobel de Química, pela descoberta da estrutura da molécula de insulina, que é um hormônio sintetizado no pâncreas, cuja falta ou insuficiência levam à doença diabetes mellitus.
Arno Allan Penzias e Robert Woodrow Wilson, em 1978, receberam o Prêmio Nobel de Física pela descoberta da radiação eletromagnética cósmica de fundo em micro-ondas, ou seja, mostraram que o espaço entre os planetas e as galáxias contém ondas sonoras de baixa frequência.