Cristão-novo era o nome pelo qual eram designados os judeus convertidos ao cristianismo, contrapondo-se a cristão-velho (que não tem antepassados judaicos). A expressão cristão-novo era, com frequência, substituída por converso e, na Espanha, pejorativamente, por marrano, que significa “porco”. As conversões eram sinceras e dificilmente espontâneas, resultantes, via de regra, da pressão social e de medidas compulsórias tomadas pelo governo.
(AZEVEDO,1990, p. 115).
A conversão dos judeus ao cristianismo esteve ligada ao processo de desenvolvimento desse povo, ao longo de sua história.
Em relação a esse processo, pode-se afirmar:
A conversão dos judeus ao cristianismo foi uma condição imposta pelo governo da Roma antiga, para a permanência dos judeus dentro das fronteiras do Império.
As práticas comercial e bancária desenvolvidas pelos judeus, durante a Baixa Idade Média, impediu que esse povo sofresse discriminação, podendo praticar livremente sua religião.
Os judeus se tornaram importantes aliados dos reinos cristãos medievais na luta contra a expansão do islamismo na Europa e no Oriente Médio.
Os judeus, mesmo convertidos ao cristianismo, não eram considerados “homens bons”, no Brasil colonial, sendo impedidos de exercer a vereança.