CRIOULO FUGIDO
Anda fugido, desde o dia 18 de Outubro de 1854, o escravo crioulo de nome FORTUNATO, de 20 e tantos annos de idade, com falta de dentes na frente, com pouca ou nenhuma barba, baixo, reforçado, e picado de bexigas que teve há poucos annos, é muito pachola, mal encarado, falla apressado e com a bocca cheia olhando para o chão; costuma às vezes andar calçado intitulando-se forro, e dizendo chamar-se Fortunato Lopes da Silva. Sabe cozinhar,trabalhar de encadernador, e entende de plantações de roça, donde é natural. Quem o prender, entregar à prisão, e avisar na côrte ao seu senhor Eduardo Laemmert, rua da Quitanda n.º77, receberá 50U000 de gratificação. Rio de Janeiro Typ. Universal de LAEMMERT, Rua dos Inválidos, 61B.
Fonte: file:///C:/Users/Usuario/Desktop/um-escravo-fugido-da-cidade-do-turvo.html
Sobre o texto, são feitas as seguintes afirmações:
I. Escravos de ofício viviam em melhores condições de trabalho, em situação similar aos homens livres, o que evitava fugas e revoltas.
II. As fugas de escravos eram consideradas significativos prejuízos materiais pelos proprietários, justificando pagamento de recompensa.
III. O hábito de andar calçado conferia ao escravo status social diferenciado, embora permanecesse na condição cativa.
IV. Nas cidades, as formas de trabalho escravo variavam bastante, criando os escravos “de ganho”, que nunca se envolviam em atividades agrícolas.
É correto o que se afirma apenas em:
I e III.
I e IV.
I e II.
III e IV.
II e III