Considere o excerto de Spinoza, a seguir:
O desejo (cupiditas) é a própria essência do homem, enquanto esta é concebida como determinada a fazer algo por uma afecção qualquer nela verificada. Explicação: (...) Na verdade, por “afecção da essência do homem” entendemos toda disposição dessa essência, quer inata ou adquirida, quer se conceba apenas pelo atributo do pensamento ou apenas pelo atributo da extensão, quer, enfim, se refira ao mesmo tempo a ambos. Portanto, pelo nome de desejo entendo todos os esforços, impulsões, apetite e volições do homem, os quais variam segundo a disposição variável de um mesmo homem e não raro são de tal modo opostos entre si que o homem é puxado em sentidos contrários e não sabe para onde voltar-se.
(SPINOZA, Ética III, Definições dos afetos)
Conforme o acima exposto, assinale a alternativa CORRETA
Apenas pelo atributo do pensamento podemos controlar e submeter o desejo para não sermos arrastados em todas as direções e não sabermos para onde nos dirigir e, assim, fixarmos nossos objetivos.
O desejo é da ordem da imanência, submetendo toda e qualquer disposição do homem.
Apenas pelo atributo da extensão conhecemos a própria essência do homem e a sua virtude que vem do transcendente, de modo que, assim, podemos evitar sempre os desejos opostos entre si.
Para os seres humanos com consciência verdadeiramente crítica, não há relação entre desejo (cupiditas) e sociedade política..
Há uma distinção necessária entre corpo e alma, pois são diferentes e frequentemente se opõem, mas é a alma que controla o corpo, e nunca o contrário.