ETEC 2013/1

Considere as informações para responder à questão.

As órbitas dos satélites de comunicação são geoestacionárias e devem ser equatoriais, isto é, estar no plano da linha do Equador terrestre.

Como o nome sugere, um satélite geoestacionário (geo = Terra, estacionário = parado) deve acompanhar a rotação do planeta de forma a ficar sempre parado em relação a um ponto fixo na superfície da Terra.

A figura 1 ilustra a ideia do “campo de visão” de um satélite geoestacionário, ou seja, mostra a região do planeta que o satélite é capaz de cobrir, “enxergar”.

O satélite envia sinais eletromagnéticos para a Terra, e o que delimita a região coberta pelos sinais é o fato de o planeta ser esférico. Desta forma, os sinais recebidos ou transmitidos, entre o satélite e a Terra, ficam confinados num cone cuja intersecção com a superfície da Terra determina a área de cobertura do satélite.

É nesta região da superfície da Terra que podemos colocar antenas capazes de trocar sinais eletromagnéticos com o satélite.

Figura 1

No exemplo da figura 1, os sinais emitidos pelo satélite, no limite, “tocam” o planeta nos pontos \(T_1\ e\ T_2\)

Na figura 2, apresenta-se um modelo matemático simplificado da posição do satélite S em relação à Terra.

Figura 2

Na figura 2, temos:

• Ponto S: satélite (considerado como um ponto no espaço).

• As semirretas \(\vec ST_1\ e\ \vec ST_2\) tangentes à superfície da Terra nos pontos \(T_1\ e\ T_2,\) respectivamente.

• Ponto C: centro da Terra e da órbita do satélite S.

• Quadrilátero \(ST_1CT_2:\) : figura plana.

• R: medida do raio da Terra.

• r: medida do raio da órbita do satélite S.

• θ: medida do ângulo \(S\hat CT_1.\)

Note que θ corresponde à latitude máxima que o sinal do satélite pode alcançar.

Considerando os valores aproximados de 6 400 km para o raio da Terra e 42 000 km para o raio da órbita do satélite geoestacionário S, determina-se que θ = 81,2°.

Conclusão: um satélite geoestacionário cobre uma região entre as latitudes 81,2° N e 81,2° S.

Essa região não chega aos polos geográficos da Terra. Mas chega quase lá. E isso não é nenhum problema porque ninguém, aparentemente, vai querer transmitir sinais de TV ou internet para ursos polares ou pinguins, vai?!

(fisicamoderna.blog.uol.com.br/arch2008-03-16_2008-03-22.html Acesso em: 12.08.2012. Adaptado)

De acordo com o texto, conclui-se que a medida do ângulo \(T_1\hat ST_2\) é

a

\(8,8^{\circ}.\)

b

\(13,2^{\circ}.\)

c

\(17,6^{\circ}.\)

d

\(22,0^{\circ}.\)

e

\(26,4^{\circ}.\)

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Resposta
C
Tempo médio
45 s

Resolução

O quadrilátero \(ST_1CT_2\) mostrado na figura 2 pertence a um mesmo plano. Observe o triângulo retângulo \(\triangle ST_1C\):

  • \(\angle T_1\) é reto, pois \(\overline{CT_1}\) é raio e \(\overline{ST_1}\) é tangente à circunferência terrestre (raio ⟂ tangente).
  • \(\angle S\hat CT_1 = \theta = 81{,}2^{\circ}\).
  • Se chamarmos \(\angle T_1\hat S C = \varphi\), então, pela soma dos ângulos internos de um triângulo, \[90^{\circ}+\theta + \varphi = 180^{\circ}\Longrightarrow \varphi = 90^{\circ}-\theta.\]

Substituindo \(\theta = 81{,}2^{\circ}\):

\[\varphi = 90^{\circ}-81{,}2^{\circ}=8{,}8^{\circ}.\]

Como a situação é simétrica em relação ao segmento \(\overline{CS}\), o triângulo \(\triangle ST_2C\) é congruente a \(\triangle ST_1C\) e apresenta o mesmo ângulo \(\varphi\) em \(S\).

Portanto, o ângulo solicitado, \(\angle T_1\hat S T_2\), é o dobro de \(\varphi\):

\[\angle T_1\hat S T_2 = 2\varphi = 2\times 8{,}8^{\circ}=17{,}6^{\circ}.\]

Resposta: 17,6° (alternativa C).

Dicas

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O triângulo formado por S, C e T₁ é retângulo em T₁.
Use a soma dos ângulos internos do triângulo para achar o ângulo em S.
Lembre-se de que há dois triângulos iguais; o ângulo pedido abrange os dois.

Erros Comuns

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Esquecer que o ângulo pedido está no vértice S e deve ser considerado em ambos os triângulos, levando ao erro de marcar 8,8°.
Não reconhecer o ângulo reto no ponto de tangência.
Confundir \(\theta\) com a latitude total (2θ).
Revisão
  • Tangente a uma circunferência: o raio traçado ao ponto de tangência é perpendicular à tangente.
  • Soma dos ângulos internos de um triângulo: sempre vale 180°.
  • Simetria: no problema, os pontos \(T_1\) e \(T_2\) são simétricos em relação ao segmento \(\overline{CS}\), garantindo dois triângulos congruentes.
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