Considerando a análise de A HORA DA ESTRELA, de Clarice Lispector, assinale a afirmativa FALSA.
Olímpico revela bem os anseios de uma sociedade carcomida por dentro e que procura ostentar uma aparência dourada. Nesse sentido, é bastante simbólico o fato de Olímpico ter extraído um “canino perfeito”, colocando no lugar “um dente de ouro faiscante.”
Tendo como ponto de partida a protagonista de A Hora da Estrela, pode-se dizer que um dos propósitos do livro é a busca do “coração selvagem”, isto é, a procura do estado natural, pré-lógico, em que o ser era feliz por não estar atolado no lamaçal em que se encontra.
A problemática apresentada em A Hora da Estrela é de ordem existencial: o romance expõe o drama do homem moderno, desfigurado e descaracterizado pelas imposições da “sociedade técnica” de hoje.
Olímpico declara, várias vezes, que se parece com Macabéa: “Pareço conhecer nos menores detalhes essa nordestina, pois se vivo com ela. E como muito adivinhei a seu respeito, ela se me grudou na pele qual melado pegajoso ou lama negra”.
Macabéa acumula em seu corpo franzino, “herança do sertão”, todas as formas de repressão cultural, o que a deixa alheada de si e da sociedade.