Conforme Mioto (2006), as mudanças que caracterizam as famílias contemporâneas vêm sendo consideradas dentro de uma tendência não só dos padrões demográficos, mas também de modos de vida. Conforme a autora, a família contemporânea caracteriza-se pela presença cada vez mais reconhecida de suas diferentes composições que se relacionam a alteração do vínculo do casamento, ao reconhecimento das uniões estáveis e mais recentemente das uniões de pessoas do mesmo sexo.
Nesse sentido, assinale a alternativa CORRETA.
A concepção de família, construída no marco da teoria social crítica, assenta-se no entendimento que a família é parte intrínseca do conjunto das relações sociais e é transpassada pelas contradições que caracterizam tais relações e, portanto, lócus privilegiado das expressões da questão social.
A família nuclear na atualidade constitui-se numa instituição privilegiada, um espaço integral e natural de realização de afetos e de socialização, não havendo espaço para conflitos e contradições.
A família é considerada uma instância estritamente privada e, portanto, não poderá haver a intervenção do Estado no provimento de bens e serviços.
No paradigma neoliberal, há uma defesa na intervenção do Estado para o provimento do bem-estar das famílias.
Na atualidade é necessária a construção do paradoxo entre a lógica discursiva de proteção da família e a importância das mulheres no Estado, em especial, por serem as principais cuidadoras dos membros da família. É importante considerar que tal papel é algo intrínseco e natural do gênero feminino e de sua inteira responsabilidade na proteção social das crianças e pessoas idosas.