Como todas as revoluções das vanguardas históricas, o Futurismo traduz logo nos seus primeiros textos o grito de ruptura de uma classe que não deseja mais pactuar com a estabilidade do sistema. Mas o grito de ruptura é dado com os elementos e valores típicos do mesmo grupo contestado. Os elementos “perigo”, “velocidade”, “energia”, “audácia”, “revolta”, “bofetada”, “soco” – inicialmente propostos com a finalidade de traduzir o vitalismo antiburguês do Futurismo – serão os mesmos, desenvolvidos, que levarão o movimento a concluir no fascismo.
(Sílvio Castro. Teoria e política do modernismo brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1979. p. 34 e 35)
Expressões importantes da vanguarda histórica e estética que representou o modernismo de 22 encontram-se sistematizadas em textos-manifestos, tais como:
“Prefácio interessantíssimo” e “Manifesto da Poesia Pau-Brasil”.
“Itinerário de Pasárgada” e “Martim Cererê”.
“Suspiros poéticos e saudades” e “Lede”.
“Há uma gota de sangue em cada poema” e “Marco zero”.
“Cinza das horas” e “Alguma poesia”.