"Como fenômeno estético a existência ainda nos é suportável, e por meio da arte nos são dados olhos e mãos e, sobretudo, boa consciência, para poder fazer de nós mesmos um tal fenômeno". (NIETZSCHE, Friedrich. A Gaia Ciência. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 124).
O fragmento extraído da obra de Friedrich Nietzsche, faz referência a uma perspectiva do papel da arte na modernidade. Tal perspectiva rompe com a noção clássica de mimesis e ultrapassa a ideia da obra de arte como simples representação do real. Acerca dessa perspectiva defendida por Nietzsche e sua leitura da tradição grega é correto afirmar:
Nietzsche mantém, ao adotar a dicotomia apolíneo-dionisíaco como chave de compreensão da tragédia clássica, uma perspectiva shopenhauriana de negação da vontade de viver.
Nietzsche abandona, ao adotar a dicotomia apolíneo-dionisíaca como chave para a compreensão da tragédia clássica, qualquer perspectiva schopenhauriana, inclusive a dualidade vontade-representação.
Nietzsche, como última palavra acerca da dicotomia apolíneo-dionisíaca, tomada como chave para a compreensão da tragédia clássica, propõe o trágico como produto apenas do princípio de individuação.
Nietzsche, ao adotar a dicotomia apolíneo-dionísica tomada como chave para a compreensão da tragédia clássica, busca romper com uma estética de base socrática, que propõe uma identidade entre o belo e o inteligível
Nietzsche, ao adotar a dicotomia apolíneo-dionisíaca tomada como chave para uma leitura da tragédia clássica, assume uma perspectiva radicalmente pós-moderna e irracionalista que nega o retorno de valores da tradição grega.