“COMO É A VIDA NO MAIOR CAMPO DE REFUGIADOS DA FRANÇA”
“A vida no maior campo de refugiados da França é cinza. Localizado na cidade de Calais, no noroeste da França, de clima nublado, chuvoso e sujeito a temperaturas negativas durante o inverno, o local ganhou o apelido de “Jungle” (selva, em inglês) e, hoje, abriga cerca de 4 mil pessoas.
Refugiados e imigrantes vindos de países como Síria, Afeganistão, Eritreia e Marrocos vivem ali em tendas no meio da lama desde o ano passado. Eles aguardam uma chance de cruzar o Canal da Mancha; Calais abriga a entrada do Eurotúnel, principal ponto de acesso não-aéreo à Grã-Bretanha.
A precariedade do cenário, o primeiro campo do tipo na França desde a Segunda Guerra, remonta a campos de refugiados de países pobres e distantes, como o Haiti ou Congo.”(...)
Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/02/160220_campo_refugiados_calais_franca_cm_rb (acesso em 19/03/2016)
A matéria, acima, revela uma nova e terrível diáspora nos tempos atuais. As reações das nações europeias frente à onda de refugiados são bastante contraditórias. Do ponto de vista político e social, verifica-se uma onda crescente de partidos de extrema direita. Parte das razões que explica os deslocamentos de populações do norte da África e do Oriente Médio para a Europa se deve:
à perspectiva de maior liberdade individual e religiosa, uma vez que todas as nações em crise na África e na Ásia são ditaduras
à insatisfação dos povos africanos e asiáticos como o seu modo de vida tradicional, especialmente, das populações rurais
à desestabilização dos modos de vida dos povos africanos e asiáticos, ao longo da política neocolonialista, empreendida pelos europeus no século XIX e início do século passado, não solucionada até os dias atuais
aos incentivos imigratórios oferecidos por muitos países europeus que apresentam crescimento populacional zero ou negativo, como na Itália, para garantir a força de trabalho e, por consequência, a estabilidade econômica