Com Tarsila do Amaral (1886-1973), a pintura brasileira começa a procurar uma expressão moderna, porém mais ligada às nossas raízes culturais. Apesar de não ter exposto na Semana de Arte Moderna de 1922, Tarsila colaborou decisivamente para o desenvolvimento da arte moderna brasileira, pois produziu uma obra indicadora de novos rumos. Em 1923, a artista voltou à Europa. Passou pela influência impressionista e, em seguida, encontrou as tendências modernas da pintura europeia. No ano seguinte, Tarsila estava novamente no Brasil e iniciou a fase que ela própria chamou de “pau-brasil”.
Dentre as características dessa fase, temos
as cores ditas caipiras, rosas e azuis, as flores de baú, a estilização geométrica das frutas e das plantas tropicais, tudo isso enquadrado na solidez da construção cubista.
as cores nacionais, verde e amarelo, a geometrização dos caboclos e dos negros, a melancolia das cidadezinhas, tudo isso retratado em uma visão marcada pelo Surrealismo.
a deformação caricatural dos valores nacionais, a utilização de cores puras e uma forte influência dos valores do Futurismo e do Expressionismo.
uma forte crítica social ao denunciar o abismo social existente no Brasil, uma exaltação dos valores europeus e limites bem definidos por uma linha escura evidenciando a influência de Marc Chagal.
a estilização geométrica das cidades do interior e da zona urbana do Nordeste brasileiro, o gosto pela matização das cores puras e uma forte influência da arte concreta.