Com o colapso da União Soviética e a orientação da China comunista para uma economia de mercado, em princípio deixou de haver limites espaciais para os investimentos. A pressão exercida pelos Estados Unidos, pelo FMI e pelas multinacionais anulou as barreiras nacionais que limitavam o movimento de capitais. [...] Hoje, longe de viverem num mundo sem fronteiras, os trabalhadores migrantes têm de estar atentos ao que os Estados podem fazer.
(Frederick Cooper. “Para que serve o conceito de globalização?”. In: Histórias de África. Capitalismo, modernidade e globalização, 2016.)
O excerto faz uma síntese da história dos tempos presentes, referindo-se
ao progressivo nivelamento socioeconômico das nações no mundo globalizado.
à nova realidade mundial com o fim das fronteiras entre os Estados nacionais.
à consolidação do neoliberalismo nos diversos domínios da sociedade.
aos aspectos contraditórios da internacionalização de capitais e de pessoas.
à rapidez dos intercâmbios culturais multinacionais com as novas tecnologias.