Com a repetição da crise econômica em 1937 e a aproximação da guerra, não admira que o Estado parecesse melhor preparado do que os empresários para resolver o problema da estagnação e incentivar a rápida industrialização. Quando se verificou ser um erro a reaplicação da teoria do comércio liberal, depois da guerra, os controles foram reassumidos por um governo [...] que se viu também obrigado, por falta de alternativa, a chamar o capital estrangeiro nas condições por ele impostas.
(Warren Dean. A industrialização de São Paulo, s/d.)
O texto alude a um período relativamente vasto da história econômica do Brasil, em que se compuseram
nacionalizações crescentes de empresas estrangeiras, protecionismo alfandegário e política de desvalorização cambial.
criações de empresas estatais, política livre-cambista e estímulos às implantações de unidades econômicas privadas.
socializações das indústrias de bens de produção, privatizações de empresas produtoras de bens de consumo popular e internacionalização do capital financeiro.
impostos elevados sobre os lucros excessivos das empresas estrangeiras, proteção governamental aos empresários nacionais e privatização de indústrias estatais.
garantias de preços mínimos para os produtos de empresas estatais, livre negociação entre patrões e empregados e reserva de mercado para as multinacionais.