Devemos julgar cada uma das cinco afirmações à luz dos conceitos de fotoblastismo, etioloamento e fotoperiodismo, todos mediados pelo fitocromo.
Fotoblastismo refere-se à influência da luz sobre a germinação. Sementes fotoblásticas negativas germinam mesmo no escuro. Nos livros didáticos brasileiros costuma-se agrupar, sob essa denominação, tanto as sementes verdadeiramente “neutras” (indiferentes à luz) quanto as que têm a luz como fator inibidor. De fato, a maior parte das espécies cultivadas (feijão, milho, soja, etc.) germina sem necessidade de luz – logo, a ideia de que “a maioria é fotoblástica negativa” está correta. O complemento sobre o alongamento do caulículo (hipocótilo) e o desdobramento do gancho somente quando a plântula alcança a luz também procede.
O estiolamento é um conjunto de respostas adaptativas ao escuro: elongação rápida do caule, cor esbranquiçada e manutenção do gancho hipocotilar. Isso protege a gema apical contra danos mecânicos até a emergência. Portanto, a análise está correta.
Plantas de dia curto florescem quando o período claro é inferior ao fotoperíodo crítico (ou, equivalentemente, quando a noite é longa). A frase afirma o contrário (“período iluminado superior”), logo é falsa.
Definições corretas: sementes que precisam de luz → fotoblásticas positivas; sementes que não precisam → fotoblásticas negativas. A proposição está correta.
Plantas de dia longo florescem quando o período claro é superior ao fotoperíodo crítico. O enunciado menciona “inferior”, portanto está falso. Os exemplos (alface, espinafre) realmente são de dia longo, mas o critério temporal foi invertido.
Verdadeiras: I, II, IV.
Falsas: III, V.
Logo, a única alternativa que expressa exatamente esse conjunto é a letra D.