"Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até o esgotamento completo. Vencido palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados”.
CUNHA, E. Os sertões. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1987.
Sobre a Guerra de Canudos, conflito entre sertanejos liderados por Antônio Conselheiro e soldados do Estado republicano que ocorreu entre 1896 e 1897, é correto afirmar:
Teve como causas a liderança espiritual de Antônio Conselheiro e a busca de autonomia da comunidade de Canudos frente o governo republicano.
Foi uma guerra contra os monarquistas que financiavam os seguidores de Conselheiro.
A criação de uma comunidade igualitária em Canudos contou com o apoio da igreja católica.
Ocorreu no interior da Bahia e foram apoiados, em grande parte, por membros do cangaço: bandos armados que sobreviviam de saques e pilhagens.
A imprensa e políticos atribuíram a Conselheiro a intenção de restaurar a monarquia, e para isso recebia amplo apoio da igreja católica.