Biopirataria é crime. Ela consiste na apropriação indevida de recursos da biodiversidade para uso científico ou biotecnológico.
Não bastasse a apropriação de recursos da biodiversidade, a biopirataria praticada em território brasileiro também se apropria de conhecimentos acumulados por comunidades tradicionais, como a medicina da floresta e as práticas da cultura indígena.
No Brasil, a biopirataria é praticada desde a época do Descobrimento, quando recursos biológicos do país já eram levados para outros continentes. O exemplo mais conhecido é o próprio pau-brasil, cuja exploração no período colonial foi responsável por devastar um dos maiores biomas brasileiros: a Mata Atlântica.
Podemos encontrar alguns exemplos clássicos da biopirataria no Brasil. Um deles diz respeito ao cupuaçu, que por pouco não se tornou patente de uma empresa japonesa — o que só não ocorreu devido à mobilização nacional e internacional que forçou o governo japonês a desistir da patente. O mesmo não pode ser dito da patente do princípio ativo contido no veneno da jararaca, ainda pertencente a uma empresa estadunidense que, na década de 1970, desenvolveu um remédio usado no tratamento de hipertensão arterial.
Outro caso é o conhecimento indígena sobre o veneno do sapo verde, que gerou dez patentes para indústrias farmacêuticas e nenhum retorno financeiro aos índios da Amazônia.
https://tinyurl.com/y8heaay5%20Acesso%20em:%2027.01.2019.%20Adaptado.
De acordo com o texto, podemos afirmar corretamente que a biopirataria
teve início com o surgimento e a expansão de indústrias farmacêuticas no mundo.
contribuiu indiretamente para o extermínio do vírus que causa a hipertensão arterial.
se apossa indevidamente dos conhecimentos acumulados por comunidades tradicionais.
provocou o incremento das importações brasileiras do cupuaçu cultivado no Japão.
é permitida pelo poder público que fiscaliza, autoriza e incentiva sua prática.