Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
Os gregos e os romanos aceitavam a escravidão porque não imaginavam que uma sociedade pudesse funcionar sem escravos. Como Sêneca, insistiam apenas em que se reconhecessem direitos aos escravos: que fosse, por exemplo, proibido utilizá-los com finalidades sexuais. Estamos nós, hoje, na mesma posição quanto à pobreza. Estamos convencidos de que uma sociedade justa deve procurar erradicá-la. Mas, como não conseguimos conceber os meios que permitam atingir esse objetivo, aceitamos que uma sociedade comporte grandes bolsões de pobreza. Em contrapartida, não hesitamos em condenar a prática da escravidão.
(BOUDON, Raymond. O relativismo. Trad. Edson Bini. São Paulo: Loyola, 2010. p. 41)
Tal como o texto indica, os escravos eram considerados essenciais na Roma antiga, principalmente com a expansão de seus domínios territoriais, pois
a economia passou a depender cada vez mais dessa mão de obra, na medida em que a demanda crescia e os prisioneiros de guerra eram conduzidos a trabalhar em funções antes exercidas por homens livres.
serviam como gladiadores, combatendo em terras longínquas em nome da república romana, atuação que favoreceu a ocorrência de muitas rebeliões escravas, como a liderada por Espártaco em 73 a.C.
aqueles escravos que se destacassem como bons trabalhadores eram alçados à condição de cidadãos, passando a gozar de direitos sociais e devendo contribuir com impostos.
o império romano se estruturou sobre bases agrícolas, sendo a mão de obra escrava fundamental para garantir a produtividade e os lucros com o comércio de seus produtos.
o luxo e o confortável estilo de vida dos patrícios e plebeus, em Roma, eram mantidos às custas do trabalho escravo, responsável, ainda, pelo entretenimento garantido pela política do “pão e circo”.