O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 1 a 5.
Cientistas criam tatuagem de grafeno que monitora pressão arterial
Um artigo publicado no final de junho, na revista científica Nature Nanotechnology, apresenta uma solução confortável e precisão para medições contínuas da pressão arterial em ambientes não clínicos (ambulatoriais). Desenvolvida por pesquisadores da Universidade do Texas em Austin, nos Estados Unidos, trata-se de uma tatuagem eletrônica de grafeno, que pode permanecer no pulso por horas.
Monitorar continuamente a pressão arterial é um procedimento essencial para a compreensão de diversas condições de saúde, principalmente as doenças cardiovasculares. Essa medida pode não só fornecer subsídios para o diagnóstico médico, mas também permitir que as plataformas de monitoramento consigam estabelecer uma correlação da doença com o comportamento e hábitos do paciente.
Para Deji Akinwande, professor da UT Austin e um dos líderes da pesquisa, "a pressão arterial é o sinal vital mais importante que você pode medir, mas os métodos para fazê-lo fora da clínica, passivamente, sem manguito, são muito limitados". Por isso, o estudo propõe um monitoramento por meio de um dispositivo vestível, baseado em bioimpedância elétrica.
Chamado de e-tattoo, a "tatuagem" de grafeno é fina, autoadesiva, leve e discreta, funcionando como uma interface bioeletrônica humana. Através dela, a aferição da pressão arterial pode ser feita em qualquer tipo de situação, de momentos de alto estresse até o sono profundo. Além medir de forma não invasiva e precisa (desempenho equivalente ao Grau A), o vestível pode ser usado por mais de 300 minutos, dez vezes mais que o relatado em estudos anteriores.
As medições são feitas através do disparo de uma corrente elétrica na pele, seguido de uma análise da resposta do corpo (bioimpedância). Existe uma correlação entre essa reação e as alterações na pressão arterial, devido a modificações ocorridas no volume sanguíneo, que são posteriormente analisadas por um modelo de aprendizado de máquina.
Mas o que é mesmo o grafeno?
Grafeno é o material mais fino do mundo. Consiste em uma camada bidimensional de átomos de carbono organizados em estruturas hexagonais, cuja altura é equivalente à de um átomo. Esse material pode ser produzido por meio da extração de camadas superficiais do grafite, um mineral abundante na Terra e um dos mais comuns alótropos do carbono.
As ligações químicas formadas entre os átomos de carbono e a espessura do grafeno tornam esse elemento recordista em algumas propriedades físicas, como resistência mecânica, condutividades térmica e elétrica. Essas características fazem do grafeno um dos mais promissores materiais, podendo ser utilizado nas mais variadas aplicações.
Assinale a alternativa que apresenta o correto emprego do acento grave (crase):
O grafeno é um material composto por uma camada bidimensional de átomos de carbono organizados em estruturas hexagonais, cuja altura é equivalente a de um átomo.
O grafeno parece ser um dos materiais mais promissores no desenvolvimento de novas tecnologias em uma ampla gama de indústrias. Sua invenção em 2004 rendeu à Andrei Gejm e à Konstantin Novosiol o Prêmio Nobel de Física.
Uma propriedade interessante do grafeno é seu alto módulo de Young, indicando que, além de resistente, esse material é bastante elástico. Por isso, ele é capaz de retornar à seu tamanho original com relativa facilidade.
Sensores biomédicos muito mais rápidos são feitos a base de grafeno e podem detectar doenças, vírus e outras toxinas.
Os elétrons conseguem se propagar no grafeno quase livremente sem sofrerem desvios ou colisões. Em decorrência da estrutura hexagonal das ligações de carbono, os elétrons deslocam-se no interior dessas finas camadas em velocidades relativísticas, isto é, próximas à velocidade da luz.