As velhas árvores
Olavo Bilac
Olha estas velhas árvores, — mais belas,
Do que as árvores moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...
O homem, a fera e o inseto à sombra delas
Vivem livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E alegria das aves tagarelas...
Não choremos jamais a mocidade!
Envelheçamos rindo! Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem,
Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!
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A propósito do texto, seguem as afirmativas:
I. O eu-lírico considera o envelhecimento das árvores um exemplo para os homens.
II. Emprega-se a prosopopeia em “árvores moças, mais amigas”.
III. A perfeição métrica nos versos decassílabos e a preocupação com as rimas são características parnasianas presentes no poema.
IV. Desde os primeiros versos, o eu-lírico inclui-se no poema, o que se constata pelo emprego da 1ª pessoa do plural.
É correto apenas o que se afirma em:
I e III.
II e III.
I, II e IV.
II e IV.
I, II e III.