As vacinas Covid-19 feitas de RNA mensageiro utilizam nanopartículas lipídicas (bolhas de gorduras) para transportar as moléculas para as células. O RNAm contém o código das células para produzir a proteína "Spike" que o coronavírus SARS-cov-2 utiliza para entrar nas células.
A figura representa as principais inovações no projeto dessas vacinas.
As vacinas feitas pela Moderna e Pfizer-BioNTech usam RNAm modificado, substituindo o nucleotídeo uridina (U) por pseudouridina (ψ). Essa mudança é pensada para impedir que o sistema imunológico reaja ao m-RNA introduzido. Para ajudar o corpo a montar uma resposta imune eficaz às infecções posteriores pelo SARS-CoV-2, a sequência do RNAm é adaptada para estabilizar a proteína Spike na forma que esta usa quando está se fundindo às células humanas. A nanopartícula gordurosa ao redor do m-RNA é feita de quatro tipos de molécula lipídica. Um deles é "ionizável": na vacina, muitas dessas moléculas têm uma carga positiva e se agarram ao m-RNA carregado negativamente, mas perdem essa carga nas condições mais alcalinas da corrente sanguínea, reduzindo a toxicidade no corpo.
Traduzido de https://www.nature.com/articles/d41586-021-02483- w?utm_source=Nature+Briefing&utm_campaign=41794890cb-briefing-dy20210914&utm_medium=email&utm_term=0_c9dfd39373-41794890cb-45071074, acesso em 14/09/2021
Com base nas informações e em outros conhecimentos sobre o assunto, é correto concluir que
a proteína Spike é produzida pelas células do corpo e identificam proteínas similares no SARS-CoV-2.
as vacinas de RNAm, apesar da inovação, demoram mais para imunizar do que as produzidas com vírus inativados.
as gorduras que ajudam a carregar RNAm para as células podem causar trombose, devido ao pH do sangue
as vacinas de RNAm são feitas sinteticamente, o que dificulta realizar alterações para conter variantes.
o sistema imune destruiria o RNA exógeno, antes que a proteína pudesse ser gerada, sem a mudança no RNA utilizado nesta vacina.