As reformas religiosas são protestantes e católicas e interagem de tal modo que não se compreendem as suas consequências se não levarmos em conta as relações que vão se verificando ao longo do século XVI. Nesse sentido, a reação protestante ativa e antecipa mudanças (...) Nem todas as reformas protestantes tiveram um sentido capitalista. Também, a Reforma Católica não implicava um retorno à Idade Média; e tanto católicos quanto protestantes reformistas perseguiram bruxas e bruxos.
Fonte: RODRIGUES, A.E.M.; FALCON, F.J. A formação do mundo moderno. 2ª. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006, p. 211 (adaptado)
A partir do exposto, conclui-se que as reformas religiosas
representaram um momento inédito, criando um novo contexto teológico, econômico, político e social que respondiam aos interesses particulares de uma nobreza ameaçada de extinção.
inauguraram um novo tempo, marcado pela liberdade de culto e total separação entre os aspectos religiosos e políticos dos novos Estados Nacionais.
resultaram de um mesmo contexto histórico, significando, ao mesmo tempo, permanências e rupturas que responderam aos acontecimentos políticos e religiosos da Europa Ocidental.
favoreceram o aparecimento de novas relações de produção, negando inteiramente os elementos feudais e as concepções capitalistas.
promoveram o aparecimento do catolicismo e do protestantismo, que se configuraram como expressões dos interesses particulares da burguesia.