As plantas descendem de ancestrais que selecionaram uns aos outros, sem se digerir completamente. Células aquáticas ancestrais, com um voraz apetite, engoliram micróbios fotossintéticos verdes chamados cianobactérias. Algumas resistiram à digestão e sobreviveram dentro das células maiores, e continuaram a realizar fotossíntese. Com a integração, a comida verde crescia como parte de um novo ser. A bactéria de fora era agora uma parte independente dentro da célula. A partir de uma cianobactéria e um voraz nadador transparente, evolui um novo indivíduo, a alga. A partir das células verdes (protoctistas), vieram as células das plantas.
(MARGULIS, 1997, p. 90-91).
O modo como ocorreu a evolução dos processos sexuados e dos ciclos de vida nas plantas foi de fundamental importância para a conquista do ambiente terrestre.
Pode-se considerar como um desses fatores evolutivos na formação do grupo vegetal
a alternância de gerações entre uma fase sexuada e uma outra fase assexuada, ao longo do ciclo de vida.
a presença, a partir das pteridófitas, de uma fase esporofítica mais desenvolvida e nutricionalmente independente da fase gametofítica.
o advento das flores, frutos e sementes nos indivíduos do grupo das fanerógamas.
a presença de vasos condutores que condicionou uma melhor adaptação das briófitas aos ambientes com menor disponibilidade de água.
a consolidação da meiose espórica na etapa gametofítica desenvolvida pelo grupo.
Para conquistar o ambiente terrestre, as plantas precisaram otimizar seus processos de reprodução e o padrão de seu ciclo de vida. Um ponto-chave foi a gradativa predominância do esporófito, fase diplóide que produz esporos via meiose: a partir das pteridófitas, esse esporófito tornou-se estruturalmente maior, fisiologicamente autônomo e capaz de explorar diretamente o meio, enquanto o gametófito se reduziu.
Isso conferiu vantagens adaptativas importantes:
Portanto, entre as alternativas apresentadas, o fator evolutivo correto é “a presença, a partir das pteridófitas, de uma fase esporofítica mais desenvolvida e nutricionalmente independente da fase gametofítica” – opção B.
Esporófito × Gametófito
• Esporófito (2n): produz esporos por meiose (meiose espórica).
• Gametófito (n): produz gametas por mitose.
Tendência evolutiva
• Briófitas: gametófito dominante.
• Pteridófitas: esporófito domina e torna-se autônomo.
• Gimnospermas e angiospermas: gametófito muito reduzido e protegido no interior do esporófito.
Vantagens da dominância esporofítica
• Maior robustez (tecidos vasculares, cutícula).
• Menor dependência direta de água líquida.
• Melhor dispersão dos descendentes.