[...] As montagens multicelulares converteram-se em indivíduos animais, vegetais e fúngicos. Portanto, a vida não é toda feita de divergência e discórdia, mas é também a junção de entidades díspares em novos seres. E ela não se deteve nas células complexas e nos seres multicelulares. Seguiu adiante, forjando sociedade, comunidades e a própria biosfera viva.
(MARGULIS; SAGAN, 2002, p. 225).
A respeito das condições necessárias para a formação dos primeiros seres multicelulares, pode-se afirmar:
As bactérias simbiontes, geradas a partir do lodo abiótico e com a contribuição de uma força vital etérea, estabeleceram as bases da formação dos primeiros organismos multicelulares.
Agregados unicelulares de padrão procarionte evoluíram para a multicelularidade a partir da diversificação das funções citoplasmáticas no interior das suas endomembranas.
A evolução provável da multicelularidade se deu a partir da presença de um estágio colonial nos seres unicelulares de padrão eucarionte intensificando a comunicação bioquímica metabólica existente entre eles.
A divisão de trabalho estabelecida pela presença de tecidos orgânicos foi o pré-requisito necessário para a formação dos primeiros organismos multicelulares ao longo da evolução da vida.
A geração de níveis cada vez mais simples de organização como a sequência: sociedade → biosfera → comunidade, revela a importância do trabalho em grupo que os seres multicelulares passaram a desempenhar no mundo vivo.