As explosões que abalam Gaza e Israel abafaram um ruído que é potencialmente muito mais perigoso. Refiro-me às declarações do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu de que Israel tem de se assegurar de que "não haverá outra Gaza na Judeia e Samaria" (como os judeus se referem ao território que a comunidade internacional trata por Cisjordânia e é habitado majoritariamente pelos palestinos). Mais especificamente, Netanyahu declarou:
"Acho que o povo de Israel compreende agora o que eu sempre disse: não pode haver uma situação, sob qualquer acordo, na qual nós renunciemos ao controle de segurança no território a oeste do rio Jordão" (de novo, os territórios palestinos).
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/clovisrossi/2014/07/1487168-palestina-o-sonho-acabou.shtml
Assinale a alternativa que apresenta uma interpretação correta das declarações do primeiroministro Binyamin Netanyahu.
Os palestinos que vivem na Cisjordânia, ao contrário daqueles que vivem na Faixa de Gaza,
estão fortemente comprometidos com a “solução dos dois Estados”, e não constituem uma
ameaça real para Israel.
A segurança israelense nos territórios a oeste do Rio Jordão é necessária apenas para
proteger a população palestina da violência do grupo fundamentalista islâmico Hamas.
O Estado Palestino livre e soberano terá que ser estabelecido apenas a oeste do Rio Jordão e à
revelia da população de Gaza, que optou pela guerra e pelo terrorismo.
A criação de um estado Palestino livre e plenamente soberano não pode ser admitida em
nenhuma hipótese, pois colocaria em risco a segurança de Israel.
A Judeia e a Samaria serão inexoravelmente anexadas ao Estado de Israel, com a concessão
de cidadania israelense plena aos habitantes dessas regiões.