As estrelas não só produzem a matéria que compõe tudo o que existe, como, através de explosões de violência incomparável geradoras de supernovas, espalham-na pelo vazio cósmico, como se semeassem um jardim cujas flores e frutos são planetas, luas e outras estrelas. Ao morrer, as estrelas criam a possibilidade do novo. E com isso, criam também a possibilidade da vida.
(GLEISER, 2006, p.185).
A composição elementar de todos os seres vivos é reflexo dos eventos relacionados com a formação e a evolução do Universo. A respeito desse tema, é possível afirmar:
As moléculas orgânicas produzidas na formação de uma supernova são utilizadas até os dias atuais pelos seres vivos para fornecer energia envolvida na manutenção das funções vitais do corpo.
Os elementos químicos presentes no corpo dos seres vivos atuais devem apresentar uma genealogia associada à explosão de grandes estrelas existentes no passado evolutivo do Universo.
Os elementos químicos exclusivos, presentes no planeta Terra, participaram de uma evolução química prebiótica, que favoreceu o desenvolvimento de formas de vidas protobiontes ancestrais.
A interação — em um ambiente intracelular específico — entre os átomos de hidrogênio na formação do hélio é a principal fonte de obtenção da energia utilizada pelo metabolismo celular.
O oxigênio molecular (O2) presente na atmosfera terrestre é um dos principais produtos da combinação explosiva entre os átomos de hidrogênio no interior das grandes estrelas.