Aristóteles, ao descrever a democracia ateniense, afirmou:
“O fundamento do regime democrático é a liberdade (realmente, costuma-se dizer que somente neste regime participa-se da liberdade, pois este é, segundo se afirma, o fim de toda democracia). Uma característica da liberdade é ser governado e governar por turno; com efeito, constituindo a justiça democrática em ter todos o mesmo, numericamente e não segundo o merecimento, forçosamente tem que ser soberana a multidão e aquilo que é aprovado pela maioria tem que ser o justo. Todos os cidadãos devem ter o mesmo, de modo que, nas democracias, resulta que os pobres têm mais poder que os ricos, posto que são mais numerosos e o que prevalece é a opinião da maioria.”
(Aristóteles. Política. In: PINSKY, Jaime. 100 textos de História Antiga. São Paulo: Global, 1983, p. 87).
Em relação à democracia existente em Atenas (Grécia), é correto afirmar:
Era uma democracia direta ou participativa, e não uma democracia representativa, como as atuais; em Atenas os cidadãos participam diretamente das discussões e da tomada de decisões, pelo voto.
Todos os indivíduos masculinos eram considerados cidadãos, indiferente da sua origem e condição social.
Fazia parte da política a ideia de competência ou de meritocracia, pois uns eram mais sábios e competentes que outros, considerados cidadãos comuns; os primeiros deveriam exercer o poder sobre os segundos.
A cidadania ateniense fundamentava-se na igualdade de gênero, garantindo aos cidadãos o pleno direito à participação, independente de sexo, impondo como limite a idade de 21 anos e ser alfabetizado.
O fato de não existirem escravos em Atenas fazia com que a quase totalidade da população daquela Cidade-Estado tivesse participação no processo político.