CESGRANRIO 2011
Após a análise criteriosa do quadro acima, relativo à balança comercial do Império brasileiro, conclui-se que
a queda nas exportações no final do século XIX pode ser explicada pela recente extinção do tráfico escravo.
o crescimento das exportações de café, principal produto da economia brasileira na época, foi o responsável pelo constante superavit da balança comercial entre 1860 e 1880.
o crescimento contínuo das importações pode ser explicado pelo decreto de 1844, que estabeleceu as Tarifas Alves Branco, favorecendo a entrada de produtos estrangeiros a baixos preços.
o equilíbrio da balança comercial na primeira década, demonstrada no quadro, deve-se ao aumento das exportações de bens de produção.
os períodos em que a balança comercial apresentou deficit correspondem a momentos de rebeliões internas, durante as quais os investimentos na produção eram desviados para a indústria bélica.
Resolução
Resolução Detalhada
Para responder corretamente, é fundamental relacionar os padrões observados no gráfico da balança comercial do Brasil entre 1845 e 1889 com o contexto histórico do Império.
- Leitura do gráfico (1860–1880): nota-se um superávit constante — a área em cinza-claro permanece acima de zero durante grande parte desse período.
- Contexto econômico: entre 1850 e 1880, o café consolidou-se como principal produto de exportação brasileiro, expandindo-se sobretudo nas regiões Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais).
- Conclusão: o aumento das exportações de café explica o superávit contínuo da balança comercial nesse intervalo. Portanto, a alternativa correta é a B.
Dicas
Erros Comuns
Revisão de Conceitos
- Balança Comercial: diferença entre o valor das exportações e das importações de um país.
- Superávit: quando exportações > importações; déficit: quando importações > exportações.
- Economia Cafeeira: no Império, o café era a principal mercadoria de exportação, determinando receitas externas.
- Tarifas Alves Branco (1844): aumentaram impostos sobre importados para proteger a produção nacional, reduzindo–em vez de favorecer—a entrada de bens estrangeiros.
