Após a abdicação de D. Pedro I, em1831, teve início o chamado Período Regencial, que ficou marcado por rebeliões em várias províncias do Império. Uma das rebeliões mais importantes aconteceu no Rio Grande do Sul (1835-1845), chamada de Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos, em que uma parte dos rio-grandenses se opôs ao governo central do Rio de Janeiro.
Sobre esta revolta podemos afirmar:
A revolta alastrou-se para outras províncias, atingindo Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Nesta última província foi proclamada a República Paulista, numa demonstração clara de que São Paulo não pretendia mais ficar subordinado ao Rio de Janeiro, então capital do Império.
Liderado pelos estancieiros, o movimento reivindicava maior autonomia para a província e a diminuição dos altos impostos sobre o preço do charque gaúcho, que assim não tinha como concorrer com o charque platino.
Além da vantagem tributária, o charque platino era produzido com mão de obra escrava, enquanto o charque gaúcho era produzido com mão de obra assalariada, queresultava num produto com preço superior.
A partir de 1842, já durante o Segundo Reinado, com a presença do Duque de Caxias, a rebelião no Rio Grande do Sul enfraqueceu, pois os escravos aproveitaram para se rebelar contra os fazendeiros que os exploravam.
A paz só foi possível quando o governo imperial, temendo uma aliança dos gaúchos com o Paraguai de Solano Lopez, aceitou as imposições dos rebeldes.