Ao longo dos últimos 30 anos observamos os primeiros movimentos de um tipo diferente de preocupação em relação ao que comemos. Muitas pessoas pararam de consumir vitela depois que ficaram sabendo que os bezerros eram separados da mãe logo após o nascimento, eram deliberadamente mantidos anêmicos, não recebiam alimentos fibrosos, não tinham a possibilidade de exercitar-se e eram mantidos em baias tão estreitas que não conseguiam se virar. [...] Os consumidores também têm procurado mais alimentos produzidos organicamente, por motivos que variam de preocupações éticas em relação ao meio ambiente ao desejo de evitar ingerir pesticidas e à convicção de que alimentos orgânicos são mais saborosos do que alimentos de fontes convencionais. [...]
Em todos os países desenvolvidos, as pessoas estão aprendendo a fazer perguntas difíceis sobre a procedência de seu alimento e sua forma de produção. O alimento é cultivado sem pesticidas ou herbicidas? Os trabalhadores rurais recebem um pagamento justo? Os animais envolvidos sofrem desnecessariamente? (SINGER, Peter. A ética da alimentação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007, p. 2-3.)
O trecho, extraído do livro A ética da alimentação, de Peter Singer, aponta algumas razões para que as pessoas repensem seus hábitos alimentares.
Marque a alternativa em que a justificativa para repensarmos nossos hábitos alimentares não é derivada de preocupações éticas.
“Muitas pessoas pararam de consumir vitela depois que ficaram sabendo que os bezerros eram separados da mãe logo após o nascimento, eram deliberadamente mantidos anêmicos, não recebiam alimentos fibrosos, não tinham a possibilidade de exercitar-se e eram mantidos em baias tão estreitas que não conseguiam se virar.”
Sabemos que a produção de carne para o consumo humano é uma das maiores causas da liberação de gás metano no meio ambiente. Assim, para preservarmos a camada de ozônio para as gerações futuras, devemos parar de comer carne.
Devemos consumir alimentos orgânicos, pois, por serem naturais, são mais saborosos do que os alimentos convencionais.
Não devemos comer carne, pois isso seria o mesmo que condenar os animais a um sofrimento desnecessário.
Se os trabalhadores rurais que fornecem a matéria-prima para as indústrias alimentícias não receberem um pagamento justo, então, em protesto, não devemos consumir esses alimentos industrializados.