Ao longo da história, tivemos várias correntes estéticas que vieram determinar as relações entre arte e realidade, o estatuto e a função da obra de arte. Sobre o tema, assinale a alternativa correta.
Platão foi o primeiro a reconhecer o valor autônomo da obra de arte. Para ele, existe uma ordem metafísica e ética do mundo, sendo tarefa da arte revelá-la por meio da experiência estética. Contudo Platão reconhece os perigos da poesia sobre a alma humana.
Para Aristóteles, a mimese seria a imitação não da ideia da coisa, mas de sua aparência, isto é, de um objeto concreto e particular. Além disso, Aristóteles afirma que a mimese, não sendo natural para as pessoas, não resulta em conhecimento porque simplesmente copia o objeto e o simplifica.
Tomás de Aquino estabeleceu três condições para a beleza: integridade ou perfeição; devida proporção ou harmonia entre as partes; claridade ou luminosidade, ou seja, o resplandecer da forma em todas as partes da matéria. Para ele, assim como para Agostinho, beleza e bondade eram modos diferentes de olhar aspectos diversos das mesmas coisas.
Para John Locke, a beleza não é um puro sentimento na mente de quem contempla uma obra de arte, mas é uma qualidade das coisas em si. Por isso é possível estabelecer um padrão de gosto, uma vez que os julgamentos de beleza se referem a um objeto fora do sujeito.
Immanuel Kant, em sua Crítica da faculdade do juízo, tentou estabelecer normas sólidas para o fazer artístico, mediante a dedução de um axioma fundamental que pode ser expresso nos seguintes termos: a arte é uma imitação da natureza, que inclui o universal, o normativo, o essencial, o característico e o ideal.