Ao longo da década de 1950, período marcado pelo que se chamou de “desenvolvimentismo”, manifestou-se uma nova geração de escritores, bastante viva, apostando em profundo mergulho num Brasil histórico e mítico, como no caso singular de Guimarães Rosa, ou em tendências de vanguarda, como a dos poetas do “Concretismo”, que concebiam a linguagem como objeto visual, disposta na página em relação funcional com o espaço branco ou colorido, e aproveitando ainda, por vezes, o chamamento de recursos gráficos usuais nas mensagens de propaganda.
(MOREIRA, Tibúrcio. Inédito)
Na década de 1950, o discurso nacionalista ganhou espaço especial a partir do governo de Getúlio Vargas. Nesse período, o nacional-desenvolvimentismo
foi marcado pela ambiguidade e deixava dúvidas sobre qual caminho cultural a ser seguido no campo das artes e da literatura brasileiras.
impediu, em parte, que a estrutura social das cidades se modificasse por influência de valores culturais, exportados da Europa.
buscava definir uma nova cidadania, identificada com os valores culturais nacionais herdados dos movimentos artísticos europeus.
fazia parte dos projetos dos governos e também das discussões culturais na busca dos valores autênticos, característicos do Brasil.
representou a repulsa de setores da elite e também das camadas populares à grande efervescência cultural e ao movimento concretista.