Ao lado do latifúndio, a presença da escravidão freou a constituição de uma sociedade de classes, não tanto porque o escravo esteja fora das relações de mercado, mas principalmente porque excluiu delas os homens livres e pobres e deixou incompleto o processo de sua expropriação.
(Maria Sylvia de Carvalho Franco. Homens livres na ordem escravocrata, 1983.)
Segundo o texto, que analisa a sociedade cafeeira no Vale do Paraíba no século XIX,
a substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre assalariado freou a constituição de uma sociedade de classes durante o período cafeeiro.
o imigrante e as classes médias mantiveram-se fora das relações de mercado existentes na sociedade cafeeira.
o caráter escravista impediu a participação direta dos homens livres e pobres na economia de exportação da sociedade cafeeira.
a inexistência de homens livres e pobres na sociedade cafeeira determinou a predominância do trabalho escravo nos latifúndios.
a ausência de classes na sociedade cafeeira deveu-se prioritariamente ao fato de que o escravo estava fora das relações de mercado.
Para resolver esta questão, é fundamental ler atentamente o trecho de Maria Sylvia de Carvalho Franco e compreender seu argumento central sobre a sociedade cafeeira no Vale do Paraíba no século XIX. O texto afirma que a presença da escravidão, junto ao latifúndio, dificultou a formação de uma sociedade de classes.
O ponto crucial do argumento da autora está na explicação do *porquê* isso ocorreu: "não tanto porque o escravo esteja fora das relações de mercado, mas principalmente porque [a escravidão] excluiu delas os homens livres e pobres e deixou incompleto o processo de sua expropriação."
Vamos analisar as alternativas à luz dessa afirmação:
A análise detalhada do texto e das alternativas mostra que a alternativa C é a única que reflete com precisão o argumento apresentado pela autora sobre o impacto da escravidão na estrutura social cafeeira, especificamente na exclusão dos homens livres pobres das relações de mercado dominantes.