“Ao embarcar em um navio rumo ao Novo Mundo, famílias portuguesas, aventureiros de todas espécie, nobres, religiosos, degredados, prostitutas e marinheiros deixavam para trás tudo o que se poderia relacionar com dignidade. Não havia a bordo privacidade nem garantia de integridade física - doenças, estupros, fome e sede eram riscos inerentes à viagem, sem contar o perigo de acidentes."
RAMOS, Fábio Pestana. Os apuros dos navegantes. História Viva, n 68, jun. 2009,
O texto menciona aspectos curiosos e importantes da conquista europeia da América. Sobre as viagens mencionadas no texto, podemos afirmar que
as pessoas que aceitavam embarcar nos navios que partiam em direção ao Novo Mundo eram predominantemente miseráveis, o que explica a pobreza da população nas colônias.
escravos eram arregimentados na África para trabalhar nos navios que cruzavam os oceanos e para manter, dessa forma, um mínimo de organização e ordem a bordo.
as navegações ultramarinas, apesar de todos os inventos técnicos e da racionalidade que impulsionaram, tinham caráter aventuresco e comportavam inúmeros riscos.
nobres e pobres misturavam-se nos navios, sem que houvesse qualquer distinção social, o que explica a democracia racial e social implantada nas terras conquistadas.
as mulheres da nobreza que atravessavam o Atlântico conheciam os perigos da viagem e, por isso, levavam armas para que pudessem se defender de ataques a bordo.