“Ao delimitar e qualificar os momentos decisivos da formação literária brasileira, devemos procurar distinguir [...] manifestações literárias, de literatura propriamente dita, considerada aqui um sistema de obras ligadas por denominadores comuns [...] são, além das características internas (língua, temas, imagens), certos elementos de natureza social e psíquica, embora literariamente organizados, que se manifestam historicamente e fazem da literatura aspecto orgânico da civilização. Entre eles se distinguem: a existência de um conjunto de produtores literários, mais ou menos conscientes do seu papel; um conjunto de receptores, fornecendo os diferentes tipos de público, sem os quais a obra não vive; um mecanismo transmissor (de modo geral, uma linguagem, traduzida em estilos) que liga uns a outros. O conjunto dos três elementos dá lugar a um tipo de comunicação inter-humana, a literatura, que aparece, sob este ângulo como sistema simbólico.
(CANDIDO, Antônio. A formação da literatura brasileira: momentos decisivos. 4. ed. São Paulo: Martins, 1971, v. 1, p. 23).
De acordo com a leitura do texto acima, e a respeito das primeiras manifestações literárias no Brasil, analise os itens:
I. No período colonial,, não tivemos uma literatura propriamente dita, e sim manifestações literárias que, no Brasil, surgem no Humanismo Português.
II. Os textos no Brasil, no período colonial, tinham como características a sua praticidade: davam à Metrópole informações úteis para a colonização (Literatura de Informação) ou se prestavam a fins didáticos e religiosos (Literatura de Formação).
III. Os maiores ícones de representação da Literatura de Formação foram os Pe. José de Anchieta e Manoel da Nóbrega, que se valiam do teatro e de textos em Tupi-Guarani para a catequese dos índios que aqui viviam.
Está correto o que se afirma em:
I, apenas.
I, II e III.
II e III, apenas.
I e III, apenas.
I e II, apenas.