Antonio Candido, em sua Formação da literatura brasileira, afirma que o Brasil careceu, do século XVI até meados do século XVIII, de um sistema literário, verificando-se, nesse período, tão somente a existência de manifestações literárias isoladas, mais ou menos efêmeras. Segundo Candido, só se pode falar de uma literatura nacional propriamente dita, no país, quando se observa a emergência de um conjunto de obras ligadas por denominadores comuns. Esses denominadores englobam, além das características internas das obras (língua, temas, imagens), os seguintes elementos:
Um grupo de escritores com certa consciência de seu papel; um grupo de leitores com interesses variados; uma linguagem traduzida em estilos.
Um grupo de escritores com certa consciência de seu papel; um grupo atuante de críticos literários; uma rede de bibliotecas públicas.
Um grupo de leitores com interesses variados; um grupo atuante de críticos literários; uma rede de escolas públicas.
Um grupo de leitores com interesses variados; uma rede de escolas públicas; um número significativo de editoras e livrarias.
Um grupo atuante de críticos literários; uma linguagem traduzida em estilos; um número significativo de editoras e livrarias.