Antífona
Ó formas alvas, brancas, formas claras
De luares, de neves, de neblinas!
Ó formas vagas, fluidas, cristalinas...
Incensos dos turíbulos das aras
Formas do Amor, constelarmente puras,
De Virgens e de Santas vaporosas...
Brilhos errantes, mádidas frescuras
E dolências de lírios e de rosas...
Indefiníveis músicas supremas,
Harmonias da Cor e do Perfume...
Horas do Ocaso, trêmulas, extremas,
Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume...
(...)
SOUSA, João da Cruz e. Poesias completas de Cruz e Sousa. Rio de Janeiro: Ediouro, s.d., p.29.
Sobre o poema, são feitas as seguintes afirmativas:
I. Os versos retomam a temática do vago e impreciso, característica da poesia simbolista.
II. A musicalidade é resultado do uso constante de aliterações.
III. A presença de versos brancos é um recurso bastante utilizado por Cruz e Sousa.
IV. Nesses versos, encontra-se a figura da sinestesia, aspecto comum na poesia simbolista.
Está correto apenas o que se afirma em:
I, III e IV.
II, III e IV.
II e III.
I, II e IV.
II e IV.