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CUSC 2019
Analise a imagem da tela Abaporu, pintada por Tarsila do Amaral em 1928.
Sobre a tela, pode-se afirmar que:
a
a escolha das cores e do título está em consonância com o esforço das vanguardas da época em explorar a singularidade da cultura nacional.
b
a desproporção entre a cabeça e os membros do personagem é uma forma de valorizar o trabalho braçal nas recém-criadas fábricas paulistanas.
c
a imprecisão das bordas e dos limites das figuras representadas explicita o vínculo da representação com o impressionismo.
d
a nudez do personagem e a aridez da paisagem revelam a disposição das vanguardas da época de denunciar o problema da seca e da miséria no país.
e
a predominância de linhas curvas e o compromisso com a representação realista foram influências diretas do surrealismo.
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Resposta
A
Resolução
A tela “Abaporu” (1928), de Tarsila do Amaral, tornou-se um ícone do movimento modernista brasileiro. O nome “Abaporu”, derivado do tupi-guarani, evoca a ideia de “homem que come gente”. Trata-se de uma alusão ao ideal da antropofagia cultural, que significa absorver elementos artísticos estrangeiros e retrabalhá-los dentro de uma perspectiva genuinamente brasileira.
Nessa pintura, temos um personagem de proporções exageradas: um pé enorme, um corpo e braços grandes, mas uma cabeça pequena. Os pés e mãos enfatizam a importância da ação física e do que é intrinsecamente brasileiro, enquanto a pequena cabeça pode ser interpretada como um rompimento com o racionalismo acadêmico europeu, valorizando uma estética moderna e inovadora. O personagem está praticamente nu em um cenário simplificado: céu, solo e um cacto que remete ao ambiente tropical e à própria brasilidade. A paleta de cores vibrantes reforça o caráter nacional e tropical, estando alinhada às experimentações das vanguardas da época, que buscavam se contrapor ao tradicionalismo europeu por meio de uma arte ligada à nossa cultura.
Diante disso, podemos concluir que a alternativa correta é a que discute a harmonia entre as cores, o título e o esforço de afirmar a singularidade da cultura brasileira adotado pelas vanguardas modernistas.
Nessa pintura, temos um personagem de proporções exageradas: um pé enorme, um corpo e braços grandes, mas uma cabeça pequena. Os pés e mãos enfatizam a importância da ação física e do que é intrinsecamente brasileiro, enquanto a pequena cabeça pode ser interpretada como um rompimento com o racionalismo acadêmico europeu, valorizando uma estética moderna e inovadora. O personagem está praticamente nu em um cenário simplificado: céu, solo e um cacto que remete ao ambiente tropical e à própria brasilidade. A paleta de cores vibrantes reforça o caráter nacional e tropical, estando alinhada às experimentações das vanguardas da época, que buscavam se contrapor ao tradicionalismo europeu por meio de uma arte ligada à nossa cultura.
Diante disso, podemos concluir que a alternativa correta é a que discute a harmonia entre as cores, o título e o esforço de afirmar a singularidade da cultura brasileira adotado pelas vanguardas modernistas.
Dicas
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Observe a escolha do título no idioma tupi-guarani.
Pense em como o modernismo brasileiro exaltava as características nacionais.
Relembre o conceito de antropofagia cultural e seu significado na arte brasileira.
Erros Comuns
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Pensar que a obra focaria no tema da seca ou da miséria rural.
Relacionar a pintura ao impressionismo por conta das cores, quando, na verdade, suas linhas e contornos são bem marcados.
Acreditar que há realismo na figura, embora ela seja evidentemente desproporcional.
Revisão
Para interpretar a obra “Abaporu” e sua relação com os movimentos vanguardistas brasileiros, é importante recordar:
- Movimento Modernista Brasileiro: buscou renovar os padrões estéticos, rejeitando modelos europeus tradicionais e afirmando uma identidade nacional.
- Antropofagia: conceito principal do modernismo brasileiro que propunha “devorar” as influências externas, reprocessando-as em arte genuinamente brasileira.
- Tecnicas e estética do modernismo: estilização das formas, cores vibrantes, distorção proposital, inovação e a pesquisa de uma essência nacional.
- Tarsila do Amaral: artista central do modernismo brasileiro e grande expoente do grupo dos antropófagos, celebrada por seus usos de cores e símbolos da cultura brasileira.
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