Analise a imagem a seguir, que representa distintamente dois esquemas de relações de cidades em uma rede urbana, envolvendo a hierarquia clássica e a hierarquia atual.
A hierarquia urbana envolve os diferentes níveis de complexidade econômica das cidades e suas redes, ou seja, a maneira como as cidades organizam-se dentro de uma escala de subordinação e de intensidade dos variados fluxos existentes entre elas.
Verifica-se na imagem que há uma mudança da concepção tradicional de hierarquia urbana, antes amparada sobre uma rígida hierarquia funcional, em relação ao esquema atual, hoje, favorecido pela (pelo):
Intensificação dos fluxos materiais e, principalmente, dos fluxos de informações que reduziram os custos de deslocamentos e das trocas simbólicas.
Capacidade quantitativa da cidade em abrigar enormes contingentes populacionais e superar todos os desafios de ordem socioeconômica.
Possibilidade das pequenas e médias cidades adquirirem novas oportunidades de acesso aos bens e serviços e ao mesmo aparato tecnocientífico comum às cidades globais.
Aprofundamento do êxodo rural em direção às megacidades, gerando cidades mortas com o desaparecimento de pequenos e médios núcleos urbanos em todo o país.
Dinamismo das políticas públicas urbanas que atraíram grandes contingentes populacionais para as metrópoles brasileiras, favorecendo a mobilidade urbana e tornando irrelevante a dinâmica das relações hierárquicas entre pequenos e médios centros com os grandes centros urbanos.
A questão aborda a mudança da forma como as cidades se relacionam na rede urbana, comparando-se o modelo de hierarquia tradicional (mais rígido e linear) com a perspectiva atual (mais flexível e integrada). Para resolver, é fundamental conhecer o conceito de hierarquia urbana e suas transformações dadas sobretudo pelo avanço tecnológico e pela intensificação dos fluxos de informação, o que aproximou cidades independentemente de seu tamanho ou posição na clássica hierarquia funcional.
Observando a figura fornecida, percebe-se a organização hierárquica clássica, na qual as cidades eram classificadas de modo estático, como se cada uma tivesse papel único (metrópoles nacionais, metrópoles regionais, centros regionais etc.). Com o surgimento de novas tecnologias de comunicação, transportes e relações econômicas, surge um novo esquema, no qual as interações tornam-se mais dinâmicas e interligadas, reduzindo custos de deslocamento físico e aumentando a troca de informações, influenciando diretamente como as cidades se interconectam.