Adam Smith tomou nota da proibição absoluta que a Grã-Bretanha tinha imposto às suas colônias da América do Norte de não construírem fornos para aço ou usinas de laminação; nem fabricarem artigos acabados de ferro e aço, mesmo para seu próprio consumo [...]. Consciente da injustiça de tais medidas, Smith condenou-as como “violação manifesta dos mais sagrados direitos da humanidade”.
(LANDES, David. A riqueza e a pobreza das nações: por que algumas são tão ricas e outras são tão pobres. Rio de Janeiro: Campus, 1998, p.345)
Adam Smith, ao considerar injustas as iniciativas da Grã-Bretanha no sentido de enquadrar a produção e circulação comercial de suas colônias na América,
declarou, em nome dos ideais liberais, imediato apoio às mobilizações pela independência das treze colônias.
publicou diversos opúsculos, em que enaltecia o potencial econômico das colônias inglesas e estimulava o livre investimento em seu setor produtivo.
considerou as medidas restritivas não muito perniciosas, apesar de injustas, pois sendo a mão de obra cara nas colônias, a importação de manufaturados da Inglaterra seria mais vantajosa.
criticou as estruturas de classes e gostos segmentados dos colonos, afirmando que tais aspectos dificultavam a circulação de produtos padronizados.
evidenciou, pela denúncia da ineficiência dos mecanismos de fiscalização, o caráter insustentável das restrições impostas às trezes colônias pela Grã-Bretanha.