A Zona da Mata [de Pernambuco] tem aproximadamente quinhentos anos de cultivo de cana-de-açúcar. Fato notável, a mudança ambiental mais acentuada na região durante o século XX foi a expansão dos canaviais. […] Nos anos 1980, o impacto alcançou um novo pico. Culpando o programa nacional do álcool (Proálcool) pelos níveis alarmantes de vinhoto nos rios da região, o engenheiro químico Antônio Geraldo Brandão Alves declarou ao Diário de Pernambuco: “Estamos vivendo um cataclisma biológico, uma devastação total”.
(Thomas D. Rogers. As feridas mais profundas: uma história do trabalho e do ambiente do açúcar no Nordeste do Brasil, 2017.)
Sobre a economia da cana-de-açúcar no estado nordestino de Pernambuco, é correto afirmar que a exploração
manteve-se desvinculada das orientações econômicas desenvolvidas pelo Estado brasileiro.
modificou ainda mais o meio ambiente no período da alta dos preços dos combustíveis fósseis.
teve início com a expansão do mercado consumidor de açúcar nas grandes cidades industriais.
insere-se na longa duração da história brasileira com a manutenção de técnicas centenárias de cultivo.
preservou o ecossistema local com a cobertura vegetal contínua das faixas de terra massapé.